sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vida de Santa Edwiges

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Falecimento 15 de outubro de 1243
Venerado pela Igreja Católica
Canonizado 26 de março de 1267, Roma por: Papa Clemente IV
Festa litúrgica 16 de Outubro

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Vida de Santa Edwiges

Na Europa Ocidental havia uma região chamada de Silésia, apos a segunda Guerra, a maior parte da região foi cedida à Polônia. Na época a Europa estava dividida em pequenos ducados e principados, havia imponentes castelos e o luxo era desmedido se comparado com a miséria da população, foi nesse tempo que nasceu uma Duquesa.

O nobre Bertoldo de Andech, casado com a jovem Inês tiveram oito filhos, uma das filhas casou-se com Filipe, rei da França, outra com André, rei da Hungria e foi mãe de Santa Isabel da Hungria, e outra se tornou abadessa beneditina.

No ano de 1174 nasce a Duquesa Edwiges, sua mãe Inês reunia os filhos muitas vezes ao dia para ensinar-lhes a rezar e contava histórias de mártires e santos que alegrava a muito a pequena Edwiges.

Aos seis anos Edwiges é colocada em um mosteiro para ser educada entre religiosas e quando completou doze anos seu pai arrumou o seu casamento com Henrique que era Duque da Silésia.O casamento realizou-se em 1186 e toda nobreza compareceu ao casamento, dentre eles sua majestade Inês, rainha da França, Gertrudes rainha da Hungria, ambas irmãs de Edwiges.

Após o casamento Edwiges que passa a ser Duquesa da Silésia e da Polônia chega ao seu castelo e aos treze anos tem seu primeiro filho, logo com a graça de Deus tiveram mais cinco filhos. A duquesa e seu marido tinham a castidade em alto preço guardavam a abstinência nos dias santos e nas sextas-feiras em memória a Paixão de Cristo, e após uma vida em comum diante do Bispo juraram não manter mais uma vida matrimonial e viveram assim por mais de trinta anos, na oração e no jejum para assim glorificarem a Deus.

Quando os filhos já estão adultos surgem uma rivalidade entre os irmãos Henrique o filho mais velho e Conrado o segundo filho, e surgem uma guerra o que causa um grande sofrimento a Edwiges. O filho mais velho Henrique sai vitorioso e o irmão Conrado ao sair em uma caçada foi atacado por uma fera que ele mesmo tinha ferido, vindo a falecer alguns dias depois, nesses tempos Edwiges tinha também acabado de perder o seu terceiro filho Boleslau.

No ano de 1227 ocorreram guerras violentas por terras e poder, o marido de Edwiges fica gravemente ferido e mais tarde veio a falecer, depois o filho Henrique parte para defender o reino contra os mongóis que trucidavam a população não respeitando velhos ou crianças, chega então a notícia da morte de Henrique. Em meio a tanta dor Edwiges se mantém forte e sofrendo em silêncio ensina a todos a respeitarem a vontade de Deus.

Após a morte do marido Edwiges retirou-se para o mosteiro de Trebnitz onde sua filha Gertrudes era Abadessa, e assim a rica duquesa se fez pobre entre as pobres monjas.Edwiges considerava os religiosos como uma porção eleita do povo de Deus e por eles tinha um imenso respeito e as considerava como pessoas santas.Edwiges e o marido fundaram diversos mosteiros e doavam generosas esmolas.

Santa Edwiges se considerava uma pecadora e as monjas como santas e por respeito tomava um pouco de água com que as monjas lavavam os pés, nos dando uma lição de humildade e respeito para com os religiosos.

Exemplos de Humildade e Paciência

Edwiges sempre se vestia com humildade apesar de sua riqueza e sua posição social, seu marido via nela um exemplo e ele era também conhecido por sua generosidade e passava muito tempo servindo aos franciscanos pelo amor a pobreza e humildade.

A santa não quis fazer os votos de religiosa apesar das insistências de sua filha, não por amor ao dinheiro, mas para poder fazer o bem distribuindo esmolas, pois era muito rica apesar de vestir-se com extrema pobreza.

Edwiges via em cada pobre a imagem de Cristo e distribuía seus bens em abundância para pagamento de sua “multidão de pecados” como ela dizia sempre.

Ao lado da humildade segui a paciência, nunca respondia asperamente e quando alguém lhe causava desgosto dizia “Que Deus lhe perdoe”, e mostrou uma imensa conformidade à vontade de Deus nas mortes de seus entes querido, sem jamais proferir uma reclamação ou palavra injusta.

Jejum e abstinência

Santa Edwiges jejuava quase todos os dias, menos nos domingos e dias festivos quando tomava duas refeições, durante quarenta anos não comeu carne, sue irmão Bispo de Bamberg a aconselhava a não ser tão rigorosa, mas sua convicção era imensa.

Seu marido Henrique em uma ocasião em que Edwiges estava doente pedia a ela que tomasse um pouco de vinho e se alimentasse melhor, mas um mordomo acusou Edwiges de não estar obedecendo ao marido, quando Henrique chegou próximo a mesa onde Edwiges estava se alimentando, pegou de repente o cálice e provou e sentiu o gosto do melhor dos vinhos, os empregados ficaram maravilhadas, pois estavam certos de terem colocado apenas água no copo.

Edwiges era penitente até nas vestes no tempo em que a nobreza se vestia com um luxo excessivo, a Santa tinha muita simplicidade e se agasalhava pouco no rigoroso inverno polonês.Andava sempre descalça nos pavimentos gelados do palácio, na igreja permanecia sempre de joelhos e uma vez uma criada que a acompanhava estava quase morrendo de frio quando colocou os pés no lugar onde Edwiges havia estado e sentiu um grande calor e começou a sentir-se melhor.

Por andar entre caminhos pedregosos seus calcanhares eram duros e rachados, conforme testemunhos da monja Juliana, essas rachaduras eram imensas, delas escorria um líquido sanguíneo que ia marcando seus passos na terra ou na neve.Usava Edwiges uma dura corda feita de crina com vários nós que era áspera e causava ferimentos em seu corpo, tudo para procurar mortificar e sofrer para expiar os pecados que achava ter. Tudo isso foi revelado no processo de canonização da santa.

De sua boca só saiam louvores a Deus e ao próximo, e como dizia o apóstolo são Tiago que quem não peca pela língua é santo, e neste aspecto ela também era santa.

A oração era constante na vida de Santa Edwiges, passava noites ajoelhada rezando e durante as missas usava um véu para esconder as lágrimas que saiam dos olhos devido à emoção de participar do Santo Ofício.

Enquanto houvesse sacerdote a santa sempre pedia que celebrassem missas, certa vez pediu ao capelão de nome Martinho que fosse buscar um padre para celebrar uma missa, o capelão com certa má vontade saiu pelo caminho e encontrou um irmão leigo e o apresentou a santa Edwiges, que cheia de simplicidade, julgando que ele fosse um padre, por confundir sua acentuada calvície com a tonsura clerical, pediu ao irmão que rezasse um missa.O homem se espantou e explicou que não era padre, mas um leigo que não sabia ler. A santa pediu desculpas dizendo que não estava caçoando dele e que fizera aquilo por ignorância e voltando-se ao capelão disse com mansidão:

Perdoe-lhe Deus por ter me enganado assim.

Santa Edwiges tinha um amor muito grande a Virgem Santíssima, a Jesus Sacramentado e a Paixão de Cristo. Aconselhado por Edwiges, seu marido Henrique construiu o mosteiro das monjas da ordem de Cister em Trebnitz e a santa deixou parte de seu dote de casamento para sustentar o mosteiro, além de generosas esmolas cedidas a tantos pobres e ordens religiosas.

A sua caridade era imensa e a sua compaixão pelo próximo era movida pelo imenso Respeito e Temor a Deus, tinha compaixão pelos prisioneiros, e pelos pobres e endividados. Como era muito rica, a duquesa possuía muitas terras e bens e perdoava todas as dividas e nunca desamparava um pobre que a ela recorresse.

Como na terra já realizava muitos milagres e muita caridade também dos céus perto de Deus seu poder de intercessão é muito grande, alguns milagres de Edwiges na terra são notórios como a cura de muitas irmãs do monastério, em alguns casos de cegueira.

Ressuscita os mortos

Certa vez um homem foi condenado à forca por ter roubado, os parentes do condenado foram recorrer à santa que pediu ao seu marido pelo condenado, o Duque respondeu que talvez o homem já tivesse sido morto, mas que se ele estivesse vivo seria perdoado, um soldado saiu rapidamente par ver se o homem estava vivo, mas encontrou o homem pendurado na forca e tirando a espada cortou a corda e o homem ressuscitou e o soldado disse a ele: “Graças a nossa santa senhora você foi perdoado”.

Outro fato foi relatado em Roma por várias testemunhas no processo de beatificação: Certa vez um inimigo declarado do Duque e conhecido mal-feitor foi preso e condenado à forca, para que Edwiges não soubesse da condenação, o duque mandou que o prisioneiro fosse executado na mesma madrugada, naquela noite Edwiges havia passado a noite na igreja e voltava para casa ao amanhecer e ela ficou sabendo da morte do condenado, ela pediu ao esposo que perdoasse aquele homem e o duque com a certeza de que ele já estava morto consentiu.Assim que o homem já morto há tempos foi retirado da forca recobrou a vida e desde então o duque ordenou que fossem libertados todos os prisioneiros pelos quais ela pedisse.

A morte da santa

Como se aproximava a morte de Edwiges, sua filha a abadessa Gertrudes perguntou a ela onde queria ser sepultada e a santa respondeu que gostaria de ser sepultada em um cemitério comum, como insistia sua filha em dar-lhe um túmulo na igreja a santa pediu para ser sepultada perto do altar de São Bartolomeu Apóstolo, mas a filha insistiu para que ela fosse sepultada diante do altar de São Pedro e Edwiges como tinha o dom dae prever o futuro como o fez em muitas vezes disse: “Se fizerem assim não terão mais sossego as monjas”, e como ela disse aconteceu devido às multidões que iam visitar o tumulo da santa.

Assim no dia 15 de novembro de 1243 morreu Santa Edwiges, seu pobre corpo estava dilacerado pelas penitências, as irmãs ao se prepararem para lavar o corpo da Santa ficaram horrorizadas ao verem sobre o corpo um duríssimo cilício e na cintura uma grossa corda de crina toda retorcida. Seu corpo estava coberto de feridas e a vista das irmãs o corpo tão pálido e quase azulado por causa dos freqüentes jejuns e macerações começou a tomar um tom róseo e a brilhar com uma luz celeste e um perfume emanava de seus lábios.

Os milagres começaram a se multiplicar para a glória de Deus, foram numerosos e dentre eles há o caso do filho do soldado Vitoslau Boresh que tinha sete anos de idade e adoeceu gravemente, na ânsia de respirar o peitinho da criança estava aprofundado as mãos e os pés estavam já amortecidos, o soldado que serviu à Santa Edwiges pediu nos seguintes termos : “ Minha senhora eu a servi durante a sua vida e lhe peço sua intercessão para que meu filho não morra “ e assim que terminou esta prece o menino voltou a falar e desapareceram os sinais de morte, o fato foi narrado no processo de beatificação da Santa e atestado por testemunhas.

No dia 15 de outubro de 1267, Edwiges é canonizada para glória de Deus e bem da Igreja, mais tarde foi canonizada Santa Teresa D’Avila, justamente no dia 15 de outubro de 1515 e a festa de Santa Edwiges foi transferida para o dia 16 de outubro.

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O dia 16 de outubro é dedicado à Santa Edwiges, conhecida como protetora dos pobres e dos endividados.

Introdução

Edwiges nasceu na Alemanha medieval. Casou-se com o príncipe da Silésia, que hoje pertence à Polônia, e teve seis filhos. Depois da morte do marido e dos filhos, entrou para o mosteiro. Dedicou-se a ajudar os carentes e, com seu próprio dinheiro, construiu hospitais, escolas, igrejas e conventos. Ganhou fama de santa dos endividados ajudando detentos da região. Ela descobriu que muitos estavam presos porque não tinham como pagar suas dívidas. Foi reconhecida pela Igreja Católica em 1267. Biografia

Santa Edwiges nasceu em 1174 na Alemanha. Filha de nobres, foi criada em ambiente de luxo e riqueza, o que não a impediu de ser simples e viver com humildade. O seu bem maior era o amor total a Deus e ao próximo.

Aos 12 anos ela se casou com Henrique, príncipe da Silésia (um dos principados da Polônia medieval e atual região administrativa da Polônia), com quem teve seis filhos, sendo que dois deles morreram precocemente. Culta, inteligente e esposa dedicada, ela cuidou da formação religiosa dos filhos e do marido.

Mulher de oração, vivia em profunda intimidade com o Senhor. Submetia-se ao sacrifício de jejuns diários, limitando-se a comer alguns legumes secos nos Domingos, Terças, Quintas e Sábado. Nas Quartas e Sextas-feiras somente pão e água. Isto sempre em quantidade limitada, somente para atender as necessidades do corpo.

No tempo do Advento e da Quaresma, Edwiges se alimentava só para não cair sem sentidos. O esposo não aceitava aquela austeridade. Numa Quarta-feira de Quaresma ele esbravejou por haver tão somente água na mesa sendo que ele só bebia vinho. Edwiges então ofereceu-lhe uma taça, cujo líquido se apresentou como vinho. Foi um dos muitos sinais ou milagres que ela realizou.

Algum tempo depois Edwiges caiu vítima de uma grave enfermidade. Foi preciso que Guilherme, Bispo de Módena, representante do Papa para aquelas regiões, exigisse com uma severa ordem a interrupção de seu jejum. A Santa dizia que isto era mais mortificante do que a sua própria doença.

Dedicou toda sua vida na construção do Reino de Deus. Exerceu fortes influências nas decisões políticas tomadas pelo marido, interferindo na elaboração de leis mais justas para o povo.

Junto com o marido construiu Igrejas, Mosteiros, Hospitais, Conventos e Escolas. Por isto, em algumas representações a Santa aparece com uma Igreja entre as mãos.

Aos 32 anos, fez votos de castidade, o que foi respeitado pelo marido. Quando ficou viúva, foi morar no Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, onde sua filha Gertrudes era superiora. Foi lá que Edwiges deu largos passos rumo à santidade. Vivia com o mínimo de sua renda, para dispor o restante em socorro dos necessitados. Ela tinha um carinho especial pelas mulheres e crianças abandonadas. Encaminhava as viúvas para os conventos onde estariam abrigadas em casos de guerra e as crianças para escolas, onde aprendiam um ofício. Era misericordiosa e socorria também os endividados. Em certa ocasião, quando visitava um presídio, ela descobriu que muitos ali se encontravam porque não tinham como pagar as suas dívidas. Desde então, Edwiges saldava as dívidas de muitos e devolvia-lhes a liberdade. Procurava também para eles um emprego. Com isto eles recomeçavam a vida com dignidade, evitando a destruição as famílias em uma época tão difícil como era aquela do século XIII. E ainda mantinha as famílias unidas.

Assim, Santa Edwiges, é considerada a Padroeira dos pobres e endividados e protetora das famílias. Sua morte ocorreu no dia 15 de outubro de 1243. E foi canonizada no dia 26 de março de 1267, pelo Papa Clemente IV. Como no dia 15 de Outubro celebra-se Santa Teresa de Ávila, a comemoração de Santa Edwiges passou para o dia 16 de Outubro. Modelo de esposa, celibatária e viúva, a Santa não faltava à Missa aos Domingos, e isto ela pede aos seus devotos: mais amor a Jesus na Eucaristia e auxílio aos necessitados.

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Mosteiro de Kitzingen

O convento de Kitzinger foi fundado no tempo de São Bonifácio, por volta do ano de 750 e ficou conhecido como educandário para moças. A fundadora deste centro foi Santa Hadeloga, cujo culto foi particularmente intenso no século XII, quando foi escrita sua biografia. A forma definitiva da Abadia de Kitzingen foi dada por sua sucessora, a Priora Santa Tecla, falecida pelo ano 790. O programa de estudos e educação nas escolas conventuais, especialmente para moças, foi baseado nas instruções pedagógicas de São Jerônimo e aplicado nas escolas das Ordens religiosas por vários séculos. Este famoso Doutor da Igreja, grande erudito nas Sagradas Escrituras e fundador de comunidades monásticas femininas não deixou um sistema completo de formação para a vida religiosa, mas sim orientações pedagógicas. Quando, em 1817, o Concílio de Aquisgrana publicou suas deliberações sobre a educação religiosa feminina nos conventos, as recomendações de São Jerônimo constituíram as bases da educação para as moças nas escolas conventuais até os inícios do século XIX.- O processo de formação envolvia a educação religiosa, intelectual e prática.

Edwiges permaneceu naquele convento quase sete anos. Neste tempo esteve em contato direto com o estilo beneditino de vida, inspirado em São Bento de Núrcia e Santa Escolástica, sua irmã. Isto significa: vida comum, orações freqüêntes durante o dia, meditação, leitura diária da Escritura, leitura durante as refeições e, sobretudo, uma liturgia solene, que envolvia a mente e o coração de todos.

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As alunas aprendiam a língua latina para participarem da leitura em comum dos Salmos e outras leituras. Liam também as obras dos santos escritores dos primeiros séculos da Igreja, chamados os Pais ou “Padres da Igreja”, que mostravam os modos de viver, concretamente, a Palavra da Bíblia.

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A respeito do estudo da Sagrada Escritura, lemos na biografia de Santa Edwiges: “Na sua mocidade ela estudou no Mosteiro de Kitzingen a Sagrada Escritura. Desta forma ela conseguia compreender e ordenar seus afazeres de cada dia. A Bíblia foi para ela fonte de consolação interior e de devoção.” É bom lembrar que, nesta época, o analfabetismo era a norma comum, sendo muito difícil encontrar uma mulher que soubesse ler e escrever e que tivesse formação. Assim, Edwiges e outras de seu tempo tiveram a felicidade de viver em um ambiente favorável à cultura e ao pensamento.

O aproveiramento dos talentos de nossa Santa Edwiges foi estimulado pela convicção de que “A santidade da vida, unida ao saber, garante à alma maior glória dos céus”, conforme suas próprias palavras.

Além de estudar e aprofundar-se nas devoções de sua época, Edwiges encontrou no Mosteiro de Kitzingen vários conhecimentos práticos, tais como a arte de escrever com cuidado e aplicação as chamadas “iluminuras”. Estas eram decorações que se faziam nos livros, todos escritos à mão pois não havia sido inventada a impressa ainda. As iluminuras eram desenhos de letras e decorações das mais diversas formas, geralmente muito pequenas e delicadas, mas de grande beleza.

Além das iluminas Edwiges aprendeu a execução de bordados artísticos. Outra habilidade aprendida por Edwiges foi o canto vocal e a execução de vários instrumentos da época. E junto a tudo isto ela foi instruída a cuidar de uma casa, o que significava ser responsável por vários empregados; aprendeu a cuidar de doentes e administrar hortas e jardins que davam os frutos para o consumo das pessoas e animais, bem como eram fontes de remédios.

Edwiges alcançou uma excelente formação humana, cultural e religiosa no Mosteiro de Kitzingen. Sua biografia oficial apresenta a avaliação de seu aproveitação com a expressão latina “bene literata”, o que quer dizer que ela expressava ótimos conhecimentos culturais.

Nossa Santa Padroeira levou por toda a vida uma forte influência deste período de educação. Uma de suas mestras, chamada Petrissa, foi nomeada por Edwiges, vinte anos depois, Abadessa do Mosteiro de Trzebnica.

Em Kitzingen esteve também a irmã mais nova de Edwiges, de nome Mechtilde, chegando a ser Priora (uma das superioras do Convento). E neste Mosteiro existe, conforme os registros datados de 1522, as relíquias de nossa Santa Edwiges, Padroeira da Silésia.

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