segunda-feira, 19 de julho de 2010

Nº de estrelas solitárias aumenta chance de vida fora da Terra


Um estudo da Universidade Estadual da Geórgia, nos Estados Unidos, indica que estrelas solitárias, como o Sol, não são tão raras como um dia se pensou. A pesquisa aumenta a probabilidade de existirem sistemas que favoreçam a existência de vida, como o solar, no universo. As informações são da New Scientist.

Não é fácil descobrir se uma estrela é solitária ou tem uma companheira, já que normalmente a luz delas é tão forte que nos telescópios parece ser apenas um astro. Astrônomos procuram pistas em outras observações, como, por exemplo, a mudança periódica no espectro de luz causada pelo movimento de uma estrela ao orbitar outra.

Estudos anteriores indicavam que a maioria dos sistemas que continham uma estrela de massa parecida com a do Sol tinha, na verdade, duas ou mais estrelas. Contudo, um estudo conduzido por Deepak Raghavan e sua equipe observou 454 estrelas parecidas com o Sol. Eles afirmam que a maioria (56%) é de astros solitários.

O estudo vai contra outra pesquisa que afirmava exatamente o contrário, completada em 1991. Segundo Raghavan, há duas explicações para a diferença: a amostra do novo estudo é maior e, além disso, o primeiro pode ter superestimado o número de sistemas de múltiplas estrelas. O astrônomo afirma que isto pode ter ocorrido porque os pesquisadores de 1991 presumiram que muitas estrelas não poderiam ser detectadas por estar abaixo do limiar de detecção da companheira.

Segundo os cientistas, sistemas com uma única estrela são mais propícios ao surgimento de vida por serem mais estáveis. Os planetas podem ser formar em sistemas múltiplos, mas a força da gravidade de estrelas pode lançá-los contra a estrela principal. Além disso, elas podem interferir na formação de cometas. Seria eliminada assim uma potencial fonte de água para planetas rochosos, que recebem a substância dos cometas

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