RASPUTIN

Rasputin

Apesar de sua modesta origem e cultura mediana, o russo Gregori Efimovich Rasputin (1870 – 1916) tornou-se uma das mais e discutidas figuras que o mundo conheceu. Nascido em Pokrovskoe (Sibéria Ocidental), filho de camponeses siberianos, ele ganhava a vida trabalhando como carroceiro, e casou-se aos 19 anos com uma mulher quatro anos mais velha, que lhe deu uma filha chamada Maria. Na vila onde vivia, ficou marcado como uma pessoa que bebia muito brigava e corria atrás das mulheres.
“manipuladores de serpentes”), desenvolveu um extraordinário magnetismo pessoal e dizia-se um ser inspirado capaz de fazer milagres. Rasputin também pregava que seu contato físico era benéfico às pessoas doentes, levando o povo a acreditar que os que nele tocassem se curavam. Contudo, segundo fontes fidedignas, este contato físico era o meio que Rasputin usava para satisfazer seu extraordinário apetite sexual.


..Em 1905 Rasputin foi apresentado ao czar Nicolau II e à czarina Alexandra. Esta, impressionada pelo que contavam a respeito do mago, pediu-lhe que tratasse de seu filho Alexei. O herdeiro do trono sofria de hemofilia, e Alexandra sentiu que Deus enviara Rasputin para salvar a dinastia russa.No livro Mysterious Powers, o escritor inglês Colin Wilson conta que certa vez o pequeno Alexei sofreu uma queda ocasionadora de grave hemorragia interna. A febre começou a subir assustadoramente, e os médicos já haviam desistido de salvar sua vida. Assim que viu Alexei, Rasputin disse:”Não amolem o menino. Ele vai ficar bom.”Sentou-se a seu lado na cama, pôs a mão na cabeça de Alexei e começou a falar com voz branda. Depois ajoelhou-se no chão e rezou. Em poucos minutos o menino caiu em sono profundo, vencendo aquela crise. Sabe-se que o pequeno Alexei superou três graves crises pela intervenção direta de Rasputin, mas ele não curou o garoto da hemofilia.Este espetacular sucesso influenciou sua posição junto ao czar e à czarina.Na corte, o comportamento de Rasputin era exemplar, como compete a um homem santo (starets),mas em outros lugares ele levava uma vida indecorosa, gabando-se abertamente de sua intimidade com a família imperial. Contudo, se fosse publicadas notícias a seu respeito, o jornal responsável era confiscado, e quando alguns membros do clero o acusaram de ser um charlatão e impostor, a punição foi rápida. Todavia,a popularidade de que Rasputin gozava na corte angariou-lhe inúmeros rivais em todos os níveis sociais.Um trabalhoso assassinato


A morte de Rasputin foi descrita em 1967 pelo principal personagem: o assassino, príncipe Félix Yussupov. Disse ele que o grão-duque Dimitri, o deputado Pourichkevitch e o médico Lazovert acertaram os detalhes: o local seria o apartamento do príncipe, em 16 de dezembro de 1916,à noite; o veneno seria o cianureto de potássio, e o cadáver seria jogado no rio Neva.
Rasputin aceitou o convite do príncipe para participar de uma pequena reunião em seu apartamento.Rasputin sentara-se novamente à mesa, mas respirava com dificuldade, queixando-se de estar tonto e enjoado. Após tomar outro copo de vinho, reanimou-se a ponto de sugerir o fossem se divertir em outro lugar. O príncipe, desesperado, começou a fitar um crucifixo; quando Rasputin perguntou por que fazia aquilo, ele respondeu que seria melhor se o monge fizesse o mesmo. Então, pediu forças a Deus, sacou seu revólver e disparou-o contra seu objetivo..O ruído atraiu os outros, que viram Rasputin inerte no chão, de olhos fechados e com uma camisa manchada de sangue. Dois membros do grupo saíram um disfarçado com a manta e o capuz do morto. Fingiram que estavam acompanhando Rasputin para casa. O príncipe voltou à sala e, abaixando-se, sacudiu o corpo. Para surpresa sua, o olho esquerdo do “morto” abriu-se,seguido pelo outro, e Rasputin se jogou sobre seu assassino. Foi só após um grande esforço que o príncipe se desvencilhou e foi à procura do grão-duque. Ao voltarem,ambos viram o monge abrir a porta e sair correndo. O grão-duque então disparou quatro tiros e finalmente matou RasputinO corpo foi levado para dentro. Estava desfigurado, mas o ódio do príncipe era tamanho que ele começou a bater na cabeça do cadáver. Os outros logo voltaram, envolveram Rasputin numa toalha e o levaram para uma ponte que ligava a cidade à ilha de Petrovsky. O corpo foi então lançado ao rio Neva, e descoberto três dias depois.Segundo o pesquisador e escritor Colin Wilson, Rasputin teve fortes pressentimentos de que perderia sua vida até 1º de janeiro de 1917, e acertou: seu assassinato ocorreu a 29 de dezembro de 1916, três dias antes do prazo-limite.


Em uma carta curiosa, mostrada à czarina logo depois redigida , Rasputin conta seus temores, além de mencionar aquela data-limite. Diz que se fosse morto pelo campesinato russo, o pais manteria sua próspera monarquia durante centenas de anos. Mas, se fosse assassinado pela aristocracia, as mãos dos aristocratas ficariam manchadas de seu sangue durante 25 anos e não sobraria nobre algum na Rússia. Além disso, ele previu a morte do czar e sua família num prazo de dois anos.

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